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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Advogados pedem no Senado impeachment de Toffoli, do PT



Dois advogados de São Paulo entraram no Senado nesta quarta-feira com pedido de impeachment do ministro José Antonio Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), por não ter se declarado impedido dejulgar o processo do mensalão.

A exemplo de processos de impeachment do presidente da República, são os senadores que analisam pedido semelhante contra integrantes do Supremo.
A representação é assinada pelos advogados Guilherme Abdalla e Ricardo Salles, filiado ao PSDB. Na petição, eles argumentam que Toffoli não poderia julgar o mensalão e deveria se declarar impedido e, como não o fez, deve ser alvo de impeachment.
Toffoli foi sub-chefe da Casa Civil quando José Dirceu, réu no mensalão, era o ministro. O ministro do Supremo também já foi advogado do PT e, como a Folha revelou, escreveu num processo eleitoral que o mensalão "jamais" foi comprovado.
Os advogados sustentam que, em causas penais, o juiz deve se declarar suspeito por ter aconselhado uma das partes no processo, mesmo que o conselho não tenha sido dado especificamente sobre a causa.
"Disso se segue a suspeição do denunciado para exercer a jurisdição sobre qualquer pendenga judicial que José Dirceu seja parte em processo pena", diz a representação.


Esquema não foi provado, disse Toffoli ao TSE



O ministro do Supremo Tribunal Federal José Antônio Dias Toffoli já chegou a escrever em um documento entregue à Justiça Eleitoral que o esquema do mensalão "jamais" foi comprovado.
A afirmação está em duas representações encaminhadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em setembro de 2006, quando advogava na campanha pela reeleição do então presidente Lula.



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CUIDADO!!!SEGUNDO BLOG PRAGNATISMO POLITICO DEM 25 DEVE ACABAR



A luta pela sobrevivência do DEM, partido que deve desaparecer em 2012


DEM tende a desaparecer nas urnas em 2012 ou ser encampado. Dirigentes assumem que salvação será fusão com outra sigla

dem extinção

 Partido já foi a antiga ARENA, sigla que sustentou os militares, além de assumir a vice-Presidência da República no período democrático como PFL.
Enfraquecido por uma série de escândalos e péssimos resultados eleitorais, o DEM lançará 42% menos candidatos às eleições municipais do que em 2008 e, segundo pesquisas, sairá ainda menor das urnas. A tendência, segundo dirigentes da legenda, será a fusão com outro partido que não seja o PSDB, onde não haveria mais ambiente para uma aliança, desde a derrota do candidato José Serra, nas eleições presidenciais de 2010. Para sobreviver, o partido precisaria se manter nos governos de centros urbanos como Salvador, Aracaju, Mossoró (RN), Vila Velha (ES), Feira de Santana (BA) e Caruaru (PE), onde ainda guarda alguma chance de vitória.
O DEM sofreu sua pior derrota quando o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, reviveu o Partido da Social Democracia (PSD). A nova legenda conseguiu limar metade de seus recursos no fundo partidário e de seu tempo de televisão no horário eleitoral. Se a possibilidade da fusão com outra legenda, provavelmente o PMDB, é mencionada apenas em conversas reservadas, o desgaste com o PSDB é assunto liberado nas rodas de conversas dos integrantes. Líderes do DEM não escondem a insatisfação com o tucanato. Alguns disseram que o PSDB fez um “papelão” com o velho aliado no Recife e em Fortaleza, onde as opções do partido para a prefeitura estão bem melhor posicionadas nas pesquisas do que os candidatos do PSDB.
Eles não se conformam de os tucanos terem lançado Marcos Cals contra Moroni Torgan (DEM) na capital cearense. Também não aceitam que o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, tenha preferido se aventurar com a candidatura própria de Daniel Coelho, em vez de somar forças com Mendonça Filho (DEM) na corrida do Recife.
Candidato a prefeito do Rio contra o colega tucano Otávio Leite, o deputado Rodrigo Maia (DEM) afirma que não houve diálogo entre os partidos. Lembra que o afastamento do PSDB começou ainda em 2010.
– Nas duas outras capitais em que estamos juntos não houve aliança. O que aconteceu foi puro escambo – aponta.
Segundo afirmou, o apoio do PSDB à candidatura do líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), em Salvador, só se deu em troca da composição com o candidato tucano em São Paulo, José Serra. Os dirigentes da legenda também não escondem a irritação com Serra que, diante do pleito do DEM de ter o posto de vice, não hesitava em afirmar que só decidiria após a definição do tempo de TV dos partidos.
E assim aconteceu. O PSD do prefeito Gilberto Kassab ficou com metade do tempo de TV do DEM e com a vice de Serra. Não fosse a determinação do DEM em fechar parceria com os tucanos para eleger Neto, a cúpula teria fechado aliança com o PMDB, de Gabriel Chalita.

Exemplo de força de vontade



Atleta Oscar Pistorius finalmente começa a viver seu sonho olímpico

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
LONDRES - Foi em Londres em 1908 que o pai do movimento olímpico, Barão Pierre de Coubertin, fez a declaração que marcaria o espírito dos Jogos: "O que importa não é vencer, mas competir". Poucas vezes esse princípio foi tão válido como no caso de Oscar Pistorius. Aos 25 anos, o atleta sul-africano entrará para a história no próximo sábado ao se tornar o primeiro homem a competir nos Jogos Olímpicos com as duas pernas amputadas.



Pistorius diz que já atingiu seu objetivo, mas quer brigar por uma vaga nas finais dos 400 metros - Dennis M. Sabangan/EFE
Dennis M. Sabangan/EFE
Pistorius diz que já atingiu seu objetivo, mas quer brigar por uma vaga nas finais dos 400 metros
Após superar o preconceito, suspeitas, obstáculos legais e seus concorrentes, Pistorius, ou o "Blade Runner", entrará na pista de atletismo com parte de sua missão já conquistada. Mas não quer parar por ai. Sua meta é a de passar para as semifinais e, acima de tudo, convencer o mundo de que ele deve ser tratado como um atleta como qualquer outro. E vai além: diz que chegará ao pico de seu desempenho no Rio em 2016 e corre por um lugar na final em quatro anos.
"Só por estar aqui já atingi meu objetivo", disse. "Mas, assim que vi que estava classificado, uma pressão foi substituída por outra e agora o que quero é chegar até as semifinais e depois ir ao Rio em quatro anos e tentar chegar até a final", declarou.
Pistorius teve suas duas pernas amputadas quando ainda tinha onze meses de idade. A recomendação dos médicos era de que a operação fosse realizada antes de que ele aprendesse a andar, para reduzir o trauma.

 

"Tive uma infância muito normal. Nunca vi diferença entre deficiência e habilidade", comenta o atleta. "Minha mãe gritava pela manhã antes da escola ao meu irmão: 'coloque o sapato' e para mim 'coloque a prótese' e não se fala mais nisso", contou. Foi dela que Pistorius levou parte de sua força. "Ela me dizia que os perdedores eram aqueles que não participam. Não aqueles que ficam por último", disse.
Nos anos que se seguiram, o sul-africano praticou vários esportes e, em 2003, após sofrer um acidente jogando rúgbi, teve de buscar uma nova modalidade. Os médicos sugeriram atletismo e, três semanas depois de começar a treinar, se deu conta que já havia quebrado o recorde paraolímpico. Sete meses depois, ganharia sua primeira medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Atenas em 2004. Em 2008, em Pequim, deixaria a Paralimpíada com três ouros.
Mas, junto com a sensação que gerou pelo circuito, o sul-africano foi cercado por suspeitas e ataques. Pressionada por alguns atletas e treinadores, a Federação Internacional de Atletismo o proibiu de competir entre os atletas sem problemas físicos. O caso chegou ao Tribunal Arbitral dos Esportes que, após ampla investigação, concluiu que o sul-africano poderia competir, sob a condição de que utilizasse apenas a prótese que já dispõe, e não outras mais velozes ou mais leves.
"Essa prótese existe desde 1996 e outros atletas já a usavam. Se era uma vantagem, porque é que outros não conseguem fazer o mesmo tempo que eu?", questionou, lembrando que 70% dos atletas nos Jogos Paralímpicos usam o mesmo instrumento. "Alguns dizem que tenho vantagem por ter menos peso na perna e há um monte de teorias. Mas, se ela fosse tão incrível, como é que outros não teriam chegado ao mesmo resultado?", insistiu. "A verdade é que não há vantagens. Preciso usar meu corpo como qualquer um, tenho de me sacrificar, de me preparar. Para fazer 400 metros, tenho que trabalhar duro", disse ao Estado.
Sucesso. Sebastian Coe, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, aposta no sul-africano como uma das sensações de público e em sua presença para colocar os Jogos na história do esporte. "A resposta das arquibancadas será incrível", disse o ex-corredor, lembrando que no centro de Londres crianças fizeram filas nesta semana para obter o autógrafo do atleta.
Ele garante que está "em ótimo estado físico" para competir no revezamento nos 400 metros e na prova individual. Mas afirmou que sua carreira não acaba em Londres. "Quero ir para o Rio em 2016. Será lá que estarei no pico de minha condição. Já estou ansioso para ir ao Brasil. Terei 29 anos e acredito que estarei melhor. Tenho muito trabalho para fazer até lá. Mas adoraria concorrer por uma vaga na final contra os melhores atletas do mundo nos 400 metros."
"Londres já está fazendo um grande trabalho ao sediar os Jogos. Mas estou certo de que o Rio de Janeiro estará à altura e pronto para um evento muito colorido em 2016", finalizou.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

DEPUTADO DO DEM 25 SUSPEITO DE ASSASSINATO


STF investiga deputado por duplo homicídio

Inquérito em tramitação no Supremo apura se Júlio Campos foi o mandante do assassinato de duas pessoas em 2004. Ele nega

"Jamais cometeria um troço desses", diz Júlio Campos
Parece roteiro de filme, mas está tudo lá no Inquérito 3162. O deputado Júlio Campos (DEM-MT), que governou o Mato Grosso entre 1983 e 1986, é acusado de ter mandado matar o empresário Antônio Ribeiro Filho e o geólogo Nicolau Ladislau Ervin Haraly, assassinados no litoral paulista em 2004. Segundo a denúncia, Júlio pretendia ocultar a transferência da fazenda do empresário para dois laranjas seus. “Ninguém que me conhece acredita nessa possível hipótese. Jamais cometeria um troço desses”, rechaçou ele em entrevista ao Congresso em Foco em 2011.
A defesa nega que os dois funcionários do deputado fossem laranjas, mas confirma que eles emprestaram os nomes para a fazenda ser transferida de Antônio Ribeiro para Júlio, por uma questão contábil e fiscal. Há cinco anos o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, pela execução do crime, seis pessoas, que recorrem da decisão em liberdade.
O TJSP não examinou o caso de Júlio. Na época, ele era conselheiro do Tribunal de Contas do Mato Grosso e só podia ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Como se elegeu deputado, o caso veio para o STF. O deputado também é alvo de inquérito (3290) por crimes eleitorais.