O Trastuzumabe reduz as chances de reincidência da doença e diminui em 22% o risco de morte das pacientes
O Ministério da Saúde (MS) vai incorporar o Trastuzumabe, um dos mais
eficientes medicamentos de combate ao câncer de mama, no Sistema Único
de Saúde (SUS). O novo medicamento diminui em 22% o risco de morte de
mulheres com a doença e ainda reduz as chances de reincidência do
câncer. A partir da publicação, nesta semana, no Diário Oficial da União
(DOU), o SUS tem prazo de 180 dias para efetivação de sua oferta á
população brasileira.
A
iniciativa faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e
Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama, estratégia para
expandir a assistência oncológica no país, lançado no ano passado. Serão
gastos R$130 milhões ao ano para disponibilizar o medicamento à
população.
" A expectativa
é que o Trastuzumabe beneficie 20% das mulheres com câncer de mama em
estágio inicial e avançado" , afirma o ministro da saúde, Alexandre
Padilha.
A incorporação do
Trastuzumabe foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias (Conitec) para o tratamento de câncer de mama inicial e
avançado.
O medicamento é
um dos mais procurados. Em 2011, o ministério gastou R$ 4,9 milhões para
atender a 61 pedidos judiciais. Esse ano já foram gastos R$ 12,6
milhões com a compra do Trastuzumabe por demanda judicial.
O
câncer de mama é o segundo mais comum no mundo e o mais frequente entre
as mulheres, com uma estimativa de mais 1,15 milhão de novos casos a
cada ano, e responsável por 411.093 mortes a cada ano. No Brasil,
estimam-se 52.680 novos casos em 2012/2013. Em 2010 ocorreram 12.812
mortes por causa da doença. E neste ano, o Ministério da Saúde já
custeou mais de 100 mil procedimentos para quimioterapia do câncer de
mama inicial ou localmente avançado.
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