Esquema em hospitais 'não
pode ser
tolerado', diz ministro da
Justiça
Reportagem do Fantástico mostrou oferta de
propina para vencer licitação.
Polícia Federal do Rio abriu quatro inquéritos para investigar fornecedoras
Iara LemosDo G1, em Brasília
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, afirmou nesta segunda-feira (19) que o esquema montado para fraudar licitações na área de saúde, mostrado neste domingo (18) pelo Fantástico, "é grave e não pode ser tolerado".
A reportagem mostrou empresários oferecendo propina de até 20% para vencer licitações e prestar serviços ao hospital pediátrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
"São fatos graves que mostram artifícios que as pessoas utilizam para desviar recursos públicos. Isso é grave e não pode ser tolerado", disse o ministro após participar de evento na sede da pasta.
"São fatos graves que mostram artifícios que as pessoas utilizam para desviar recursos públicos. Isso é grave e não pode ser tolerado", disse o ministro após participar de evento na sede da pasta.
Ainda nesta segunda, o delegado Victor Poubel, da Polícia Federal do Rio de Janeiro, informou que já abriu quatro inquéritos para investigar as empresas que aparecem na reportagem. A PF, que é subordinada ao Ministério da Justiça, vai apurar se houve fraude em licitações, corrupução, formação de cartel, entre outros crimes.
"O inquérito foi aberto e é aberto para investigar", completou Cardozo.
O Ministério Público Federal também anunciou que vai investigar todas as empresas que aparecem na reportagem e os contratos com hospitais federais.
O Tribunal de Contas da União também informou que já iniciou investigação sobre as quatro empresas mostradas. A corte pode aplicar multas, cobrar o dinheiro de volta e impedir, por cinco anos, que as empresas sejam contratadas por órgãos públicos.
O Ministério da Saúde que irá suspender de imediato contratos que ainda estejam em vigor com as empresas em toda a rede de hospitais do SUS no país. Ainda segundo o ministério, um ofício vai estabelecer uma auditoria em contratos de outras empresas que prestam serviços para hospitais federais.
Mais cedo, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, cuja pasta responde pelos hospitais universitários, afirmou que a reportagem do Fantástico oferece "provas irrefutáveis" de corrupção e exige "novas práticas da administração pública".
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