SP247 - A
movimentação do PSD rumo à base do governo federal, com a ida do vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, para uma secretaria do governo federal, já indicava o que foi confirmado nesta sexta-feira pelo próprio Afif: o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, deve ser candidato ao governo de São Paulo em 2014. Em entrevista ao portal G1, Afif disse que "tendência (do PSD) é ter um candidato próprio" em São Paulo, e que ele deve ser Kassab.
Kassab enfraqueceu o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) ao obrigar seu vice a se dividir entre as esferas federal e estadual. Além disso, ao se aproximar do governo federal, garante apoio do PT numa possível disputa de segundo turno com Alckmin -- se for o PT a ir ao segundo turno, o candidato petista teria o apoio de Kassab.
Na entrevista, Afif diz ainda que irá apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. "Há uma forte tendência do PSD, por sua ampla maioria da base, apoiar a reeleição da presidente Dilma. Porém, há uma diretriz no partido e serão respeitados os acordos estaduais quanto à composição de disputa de poder nos estados", disse.
Exoneração temporária
Sobre sua nova 'vida dupla', Afif diz que pretende recorrer à exoneração temporária do ministério para assumir o governo de São Paulo no caso de ausência de Alckmin. "A minha necessidade de estar aqui é para substituir o governador em suas ausências, especialmente as de viagem, que são as corriqueiras. Essas [ausências] deverão ser tratadas dentro do espírito da lei. E dentro do espírito da lei, para que eu possa assumir essa função, eu tenho que me exonerar do cargo onde estou. Isso se faz. É a exoneração temporária. Você se exonera, cumpre seu papel e retorna", explicou.
O novo secretário da Micro e Pequena Empresa negou qualquer conflito de interesses quando foi questionado sobre a atuação simultânea em governos historicamente opostos. "Eu acho muito engraçado quando falam 'o senhor está em um governo de oposição'. O governo não é oposição, é governo. Então é o governo de São Paulo e o governo federal. As ações para micro e pequenas empresas são ações de governos federal, estadual e municipal, portanto há uma total integração das ações para poder beneficiar o pequeno. Eu não vejo nenhum conflito de interesses entre os encargos que eu assumo", defendeu.
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