247 - Um clima de tensão marcou a tentativa de votação da Medida Provisória dos Portos na noite desta quarta-feira. Depois de o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) questionar em Plenário as propostas de mudanças na MP e dizer que a proposta virou a "MP dos Porcos" e um "mostrengo", sugerindo inclusive que houve compra de votos para a aprovação de uma proposta que aglutinava várias propostas de alteração, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), decidiu suspender a sessão.
As declarações de Garotinho causaram celeuma no plenário. Depois de ser confrontado pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), Garotinho retornou à tribuna para dizer que "há negócios" na discussão da MP dos Portos. As críticas eram voltadas especialmente à emenda aglutinativa apresentada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que junta as pretensões de mudanças do PMDB, do PDT, do PSB e do DEM. "Mandaram uma MP séria e transformaram num monstrengo, nessa emenda aglutinativa que é emenda da esperteza, do negócio", disse Garotinho.
Garotinho afirmou ainda que os deputados não terão "peito" de instalar um procedimento na comissão de Ética, como vários parlamentares ameaçaram. O deputado Mendonça Filho (DEM-PE) disse que o deputado do PR tem de "indicar os porcos". "Se há corrupção ou comportamento desonesto, ele [Garotinho] tem a obrigação de apontar quais os porcos desta Casa", cobrou. Já o líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), criticou a conduta de Garotinho. "Não vamos morder a isca dos que disseminam a fofoca. Também não vamos receber lição de educação moral e cívica de quem não pode fazê-lo", disse.
Diante da confusão e do constrangimento, Henrique Alves encerrou a sessão com o consentimento de boa parte dos líderes partidários.
Com Agência Câmara de Notícias
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