SP247 - A intenção do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, de tentar a reeleição tem provocado em colegas o receio da implantação de um "modelo chavista" no TJ-SP, informa reportagem do Estadão. Para tanto, Sartori estaria abrindo os cofres da instituição como nunca antes.
A reportagem dá conta de que a maior corte estadual do País empenhou e liquidou nos cinco primeiros meses do ano R$ 87,092 milhões para despesas com auxílio-alimentação. Sartori também autorizou, a título de indenizações e restituições trabalhistas – férias e licença-prêmio acumuladas –, a liberação de R$ 120,7 milhões nos primeiros cinco meses em benefício de seus pares e de funcionários.
O pleito para a sucessão ocorre em dezembro, mas o tema já domina os bastidores nas Seções de Direito Público, Privado e Criminal. Veteranos e prestigiados desembargadores repudiam eventual tentativa de reeleição de Sartori. "Não é viável e não é da tradição a reeleição", alerta um magistrado da Seção Criminal ouvido pelo Estadão. Quando questionado se é candidato, Satori se esquiva: "Não sei. Se quiserem a minha permanência, eu fico."
O principal argumento do grupo que defende a reeleição de Sartori é que sua obra não pode ser interrompida. Sartori tem o seu PAC, o "Programa Fórum São Paulo", que prevê, em 5 anos, com o investimento anual de R$ 200 milhões, a ampliação e reforma de prédios e construção de novos edifícios para desembargadores.
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