"A Comissão de Direitos Humanos, até pela sua importância, não pode ficar nesse impasse", declarou Alves. Ele também prometeu uma solução para o caso até a próxima terça-feira. "Essa casa tem que primar pelo equilíbrio, pela serenidade, pela objetividade, pelo trabalho parlamentar. E do jeito que está ficou insustentável a situação, que eu acredito que será resolvida até terça-feira da semana que vem. Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da Câmara dos Deputados", afirmou o presidente da Casa.
Mas mesmo diante da pressão de protestos e dos próprios parlamentares, Marco Feliciano não abre mão do cargo. Em entrevista à rádio Estadão nesta quinta-feira, ele garantiu que não irá renunciar "de maneira alguma" da presidência da Comissão e lembra que representa 50 milhões de evangélicos diretamente. "Não pretendo renunciar. Fui eleito com mais de 200 mil votos", afirmou. Ele disse também que não abandonou a sessão desta quarta por pressão, mas que apenas deu início à audiência e passou a palavra para o requeredor. "Isso é natural. A imprensa mais uma vez foi sensacionalista", disse. "Disse que estava fugindo e não foi o que aconteceu".
Frente Parlamentar dos Direitos Humanos
Também nesta quarta-feira, um grupo de deputados criou a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, alegando que, com o pastor Feliciano à frente da Comissão, não há mais espaço político para a discussão de temas ligados à diversidade e às minorias. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos integrantes, explicou que a atividade do organismo será dividida em oito áreas temáticas, entre elas defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, dos povos indígenas e da população LGBT.
Ação por estelionato
Sobre a ação que terá de responder por estelionato no Supremo Tribunal Federal (STF) por não ter comparecido a um show evangélico no Rio Grande do Sul, para o qual recebeu cachê de mais de R$ 13 mil, Feliciano disse na entrevista à rádio Estadão que não foi ao show porque estava doente e que depositou o valor com juros, em juízo. "Minha equipe ligou, e eles disseram que iam remarcar o evento. Ficamos aguardando remarcar e o evento não foi remarcado. Quando tentamos entrar em contato, já haviam feito um processo gigantesco, quase uma extorsão, pedindo R$ 1 milhão", afirmou.
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