Depois de tanto buscar um espaço na Esplanada dos Ministérios, o ex-prefeito de São Paulo e fundador do PSD, Gilberto Kassab, informou oficialmente que seu partido não fará parte do ministério do governo da presidente Dilma Rousseff antes das eleições de 2014. Segundo ele, a decisão "reflete o desejo majoritário no partido". A notícia foi dada pessoalmente de Kassab para a presidente Dilma durante jantar no Palácio da Alvorada nesta quarta-feira, informou a jornalista Vera Magalhães, editora da coluna Painel, da
Folha de S.Paulo.
O principal objetivo de Kassab, fora do governo de Dilma antes da disputa do ano que vem, é a independência. Segundo ele, não faria sentido fazer parte do governo agora se o partido foi criado para reunir dissidentes de legendas diversas, muitas da oposição. Kassab disse que essa é uma decisão "definitiva" e que Dilma a compreendeu. Apesar disso, o presidente do PSD afirma que caso a presidente queira convidar o vice-governador Guilherme Afif Domingos em caráter "pessoal" para comandar a pasta da Micro e Pequena Empresa, não irá impedir, mas que isso não muda a posição da sigla.
Apoio em 2014
Para o próximo ano, porém, Kassab diz ter "convicção" de que o partido apoiará Dilma na campanha à reeleição, como já vinha sinalizando. Ele tem feito consultas aos diretórios estaduais e, no final de fevereiro, três representações já haviam sinalizado posição favorável à aliança: Bahia, Rio Grande do Norte e Rondônia. A decisão divulgada nesta quinta-feira vem ao encontro do que disse Kassab anteriormente, de que o partido não aceitaria toma-lá-dá-cá, ou seja, não vincularia sua decisão de apoiar Dilma ao espaço que teria nos ministérios.
Agora que o PSD não pedirá mais cargos ao governo, há uma maior flexibilidade para Dilma Rousseff reaver sua equipe de ministros. Nesta quarta-feira, reportagem do jornal
O Globonoticiou que sua intenção era destinar duas pastas ao PSD. Além da Micro e Pequena Empresa para Afif Domingos, seria concedida ainda a Secretaria de Aviação Civil ao presidente estadual do partido em Minas Gerais, Safady Simão. Agora Dilma pode tanto tirar o PSD da lista, que ainda assim possivelmente teria o apoio do partido em 2014, como dar-lhe os ministérios em caráter "pessoal", como disse Kassab, garantindo a aliança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário