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terça-feira, 4 de junho de 2013

Ministro Afif do PSD vai governar São Paulo por três dias

DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO  


 
Guilherme Afif é cercado durante evento da Associação Comercial; vice-governador de SP foi anunciado hoje como ministro
O ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), vai pedir afastamento temporário do cargo federal para assumir o governo do Estado, na próxima semana.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) viajará no domingo à noite a Paris, para a apresentação da candidatura da capital paulista a sede da Expo 2020. Voltará na quinta-feira. 
Mesmo sendo ministro do governo petista de Dilma Rousseff, Afif confirmou que pretende ocupar a cadeira do tucano durante os três dias de sua ausência. Para isso, deverá se licenciar do posto na Esplanada.
"Vou seguir a orientação da AGU [Advocacia-Geral da União]", disse Afif à Folha, após declarar que ainda estava "aguardando a confirmação" da viagem de Alckmin.
No fim de maio, a AGU afirmou em parecer que, do ponto de vista jurídico, não há impedimento para que ele assuma o governo temporariamente, bastando pedir licença do ministério para não exercer simultaneamente os dois cargos. 
"Na hipótese de convocação do vice-governador por parte do governador, a Constituição impõe a assunção ao cargo de governador", diz o parecer, elaborado pelo órgão a pedido de Afif.
Desde sua nomeação pela presidente Dilma, no início de maio, se questiona se Afif poderia ser vice de um governo estadual do PSDB e ministro de uma administração petista ao mesmo tempo.
Na época, ele chegou a cogitar também deixar o país quando Alckmin viajasse ao exterior, para não ter que se licenciar do ministério.
Agora, respaldado pelo parecer da AGU, deverá assumir o governo. No Palácio dos Bandeirantes, a avaliação é que Afif vai tomar posse inclusive para comprovar sua tese de que o fato de ser ministro não o impede de substituir o governador quando for necessário.
A viagem de Alckmin deve ser publicada nesta sexta-feira no "Diário Oficial". Não há atos de governo previstos para os três dias em que Afif comandará o Estado. Nada impede que o vice agende compromissos para esse período.
A Assembleia Legislativa de São Paulo analisa um pedido para que Afif perca o mandato de vice pelo acúmulo dos dois cargos. 


Guilherme Afif pode ser vice de São Paulo e ministro, diz AGU

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
Adams ressalta ainda no documento que a Constituição de São Paulo coloca como "privativa" do governo a representação do Estado, sem citar o vice. "A Constituição é expressa quando trata do vice", disse.
Para a AGU, se Afif quiser substituir temporariamente Geraldo Alckmin no governo de São Paulo, bastará pedir licença do cargo. "Na hipótese de convocação do vice-governador por parte do governador, a Constituição impõe a assunção ao cargo de governador", diz o parecer.
Adams ressalta ainda no documento que a Constituição de São Paulo coloca como "privativa" do governo a representação do Estado, sem citar o vice. "A Constituição é expressa quando trata do vice", disse.
Para a AGU, se Afif quiser substituir temporariamente Geraldo Alckmin no governo de São Paulo, bastará pedir licença do cargo. "Na hipótese de convocação do vice-governador por parte do governador, a Constituição impõe a assunção ao cargo de governador", diz o parecer.

Presidente Dilma Rousseff elogiou o novo ministro Guilherme Afif Domingos em cerimônia de posse da Secretaria da Micro e Pequena Empresa

O documento lembra, ainda, que a Afif já acumulou secretaria no governo de São Paulo com o cargo de vice e, do ponto de vista jurídico, não existe diferença para o cargo no governo Dilma. "Não se verificando, em princípio, nenhuma forma de incompatibilidade. A tese de que a compatibilidade no mesmo ente seria possível, e que entre entes diferentes seria impossível é de matiz político, e não jurídico."
A análise da AGU também cita exemplo do próprio governador Geraldo Alckmin, quando ele era vice de Mário Covas e assumiu o cargo após a morte do titular, em 2001. Quando foi eleito governador, no ano seguinte, o Supremo Tribunal Federal entendeu que Alckmin não estava assumindo um terceiro mandato, mesmo tendo exercido seis anos como vice.
Afif não poderá, contudo, assumir em definitivo o governo caso ocorra a vacância do cargo e manter o ministério simultaneamente. Nesse caso, ele deverá renunciar ao governo ou pedir exoneração da secretaria.
O parecer da AGU não tratou de eventual acúmulo de salários, uma vez que a Afif já disse que não receberá das duas fontes.Veja aqui:
Abaixo algumas artes para meus amigos tucanos que de vez em quando dão uma lida neste Blog:



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