Roquinho fala em vingança e Itamar diz que emendas têm outro foco
Roquinho afirma que a investigação deflagrada esta semana diz respeito a recursos distribuídos pelos ministérios das Cidades e do Turismo, onde diz nunca ter mantido contato. Porém, ele diz ter recebido, em seu gabinete, representantes da Demop e de construtora do Paraná, que também atuou na duplicação da rodovia Roberto Rollemberg, em Birigui. "Com esta empresa Demop eu tive contatos. Quando o Serra (ex-governador José Serra) autorizou a duplicação da Roberto Rollemberg, uma obra grande, tenho uma carta do secretário da Casa Civil da época dizendo que a meu pedido tinha autorizado a estrada. Aí, mudou o governo. Faltava tipo 6%, 7% para as empresas concluírem. Aí, como sabiam que, entre aspas, o pai da criança era eu, me procuraram para ver se concluíam a obra, que estava no final. O que eu fiz? Fui ao secretário de Transportes e ao novo superintendente do DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Depois de muita reunião, o Estado decidiu concluir a obra com as mesmas empreiteiras que estavam aí. Esse pessoal me procurou e eu recebi no meu gabinete os representantes das duas. Não levei eles em lugar nenhum. Fui atrás de completar a minha obra. Esse trabalho eu fiz e esse contato eu tive", diz Roquinho.
Já Itamar Borges (PMDB) garante que nunca destinou emendas para infraestrutura. "São sempre para entidades beneficentes, santas casas e programas de prefeituras destinados à população", garante. "Minhas emendas são, em média, de R$ 80 mil." O peemedebista, que foi prefeito de Santa Fé do Sul por 12 anos, disse que já beneficiou pelo menos quatro entidades de Votuporanga, cidade sede da Demop, e do empresário ligado a ela, com quem teria sido grampeado ao telefone.
Deputados da região tiveram contatos com investigados
Com atuação política na região de Araçatuba os deputados estaduais Roque Barbiere (PTB) e Itamar Borges (PMDB) confirmaram quarta-feira (10) contatos com empresa e empresários investigados na Operação Fratelli, desencadeada na última terça-feira (9) para combater esquema fraudulento de corrupção em licitações públicas que atinge cidades em 12 Estados brasileiros. Em entrevista à Folha da Região, por telefone, Roquinho e Itamar negaram, no entanto, participação em esquema que apura possível desvio de recursos públicos que pode ultrapassar a cifra de R$ 1 bilhão.
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