MP ACUSA ALUNOS DA USP DE
FORMAÇÃO DE QUADRILHA
No total, 72 pessoas foram denunciadas pela promotora Eliana Passarelli por causa da ocupação do prédio da reitoria da universidade em novembro de 2011, em protesto contra a presença da PM no campus; somados, os crimes podem render penas de até sete anos de prisão.
A promotora Eliana Passarelli, do Ministério Público de São Paulo, apresentou no final da tarde desta terça-feira denúncia contra 72 estudantes que invadiram e ocuparam o prédio da Universidade de São Paulo, no final de 2011. Se a Justiça aceitar o caso, os alunos vão responder por formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência e crime ambiental por pichação. Somados, os crimes podem render penas de até sete anos de prisão.
No final de outubro de 2011, centenas de alunos invadiram e ocuparam o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) para protestar contra a presença da PM no campus. Em setembro, a reitoria da USP firmou convênio com a PM para reforçar a segurança após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva em uma tentativa de assalto no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA). No dia 2 de novembro, o prédio da reitoria foi invadido por um grupo de manifestantes. No dia 8 de novembro, a Tropa de Choque cumpriu a decisão judicial de reintegração de posse do prédio da reitoria.
Laudos policiais afirmaram que móveis e partes do prédio foram danificados e que havia pichação, explosivos e líquidos inflamáveis no local.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) e uma das acusadas, Diana de Oliveira, afirmou que a denúncia é um ataque histórico ao movimento estudantil e dos trabalhadores. De acordo com ela, o resultado do processo interno da USP contra os manifestantes saiu na última semana e grande parte recebeu suspensão de 5 a 15 dias.
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