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terça-feira, 27 de março de 2012

DA TURMA DO RENAN

Comentário

Mais um para a turma de Renan

Foto: Agência Senado

Quem disse?
* Corrupção é um negocio suprapartidário. Os malandros estão em todos os governos e, às vezes, migram de um governo para outro. (3/9/2007 , como relator da CPI do Apagão Aéreo)
* Já esgotei a capacidade de aguentar calado e a paciência se esvaiu. Vou pedir o desligamento dos membros do DEM que estão no governo. Ou saem do governo, ou do partido. (14/2/2010, falando sobre o mensalão do DEM de Brasília)
* Foi o governo da lassidão moral e da tolerância com a corrupção. (1/1/2011, num balanço do governo Lula)
* O PT está certo, o governo Lula não foi corrupto, foi super corrupto. (3/9/2011, à época do 4º Congresso Nacional do PT)
* Os petistas de brio discordam da bandalheira. É necessário conclamá-los à batalha pelo resgate da moralidade no Distrito Federal.  (5/11/2011, sobre a proposta de impechment do giovernador Agnelo Queiroz)
Moleza.
Claro que foi Demóstenes Torres (GO), ex-líder do DEM no Senado, quem produziu as frases acima reunidas pelo O Estado de S. Paulo e republicadas na edição do último sábado do jornal.
É assim mesmo. O mundo gira e a Luzitana roda.
No final de maio de 2007, reportagem da VEJA denunciou que Renan Calheiros (PMDB-AL), então presidente do Senado, recebia recursos da empreiteira Mendes Júnior, por meio do lobista Cláudio Gontijo, para pagar pensão mensal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.
Demóstenes votou pela cassação do mandato de Renan  no Conselho de Ética. No dia 12 de setembro daquele ano, por 40 votos contra 35 e seis abstenções, Renan foi absolvido pelo plenário do Senado.
- Ele teve quase 40 votos contrários, não tem como garantir nenhuma votação nesta Casa. Vamos continuar o processo de obstrução e lutar para investigá-lo dignamente -, insistiu Demóstenes.
Dali a um mês, Renan licenciou-se da presidência do Senado por 45 dias. No dia 4 de dezembro, finalmente, renunciou ao cargo. Demóstenes celebrou a renúncia.
Esta manhã, Demóstenes reuniu-se com Renan e pediu sua ajuda para escapar de ser julgado pelo Senado, assim como Renan foi.
Pesa sobre Demóstenes a acusação de ser sócio do empresário Carlinhos Cachoeira na exploração de jornais ilegais em Goiás.
Renan assumiu o compromisso de ajudar Demóstenes. E saiu da reunião com ele dizendo coisas do tipo:
- Eu acho que em havendo investigação dos órgãos de controle, não há necessidade de uma investigação política aqui no Senado.
A  maioria dos Senadores torce para que o Procurador Geral da República peça ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra Demóstenes. Se isso ocorrer, eles se sentirão dispensados de julgar o colega.
Uma punição, pelo menos, Demóstenes já sofreu: entrou para a turma de Renan. A turma só faz crescer no Senado.

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