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terça-feira, 13 de março de 2012

Moradores do Residencial São Lucas protestam na Câmara contra instalação de Casa de Recuperação no bairro
  • Douglas Zílio – Assessoria de Comunicação CM Jales
Moradores do Residencial São Lucas, Jardim Oiti e adjacentes, compareceram à Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Jales, realizada na noite do último dia 12 de março, para protestar contra a doação de um terreno no bairro, onde a Cáritas Diocesana promete construir a sede de uma Comunidade Terapêutica para tratamento e recuperação de dependentes químicos.
Por unanimidade, os vereadores da Câmara aprovaram em Regime de Urgência, no dia 27 de fevereiro, o projeto do Poder Executivo que doa o terreno de 4.313,79 m², denominado Sistema de Lazer C, localizado no loteamento Residencial São Lucas, entre a Rua das Palmeiras e a Figueira Grande. A comunidade terapêutica será construída para abrigar dependentes químicos, do sexo masculino, com idades entre 12 e 18 anos. De acordo com os moradores, havia sido prometido que no local seria construída uma área de lazer.
“Não estamos aqui protestando contra a causa, mas contra a localização do terreno, ao lado de nossas casas e perto de nossos filhos. Uma casa de recuperação de dependentes químicos, na maioria das vezes, é construída na zona rural, em chácaras e sítios, a exemplo da nossa vizinha Santa Fé do Sul. Além disso, naquele terreno, deveria ser construída uma área de lazer para que nós moradores do São Lucas, Jardim Oiti e arredores pudéssemos ter um local para levar nossos filhos para brincar”, disse o líder comunitário, Lauro Figueiredo, o Mato Grosso.
Segundo o vereador Rivelino Rodrigues, uma reunião será marcada entre o coordenador da Cáritas Diocesana, Padre Deoclides Lolis, a representante da Cúria, Yone Etto Amaral, moradores dos bairros envolvidos e vereadores. “Nessa reunião nós vamos expor todos os detalhes do projeto de construção da Comunidade Terapêutica e chegaremos em um denominador comum para que ninguém se saia prejudicado”, ressaltou Dona Yone.
Em nota oficial emitida pela Diocese de Jales, o bispo Dom Demétrio Valentini falou sobre a polêmica. “Para esclarecer dúvidas e para acolher sugestões, existe o caminho do diálogo, já trilhado para a cessão do terreno, e certamente possível para ulteriores alternativas que se mostrarem convenientes, depois de esclarecidas as questões que possam estar preocupando. No que se refere à Diocese, ela continua disposta a apoiar a Cáritas Diocesana, para que assuma a condução do projeto, mas se o assunto for levado para o caminho da polêmica, de antemão, a Diocese esclarece que ela se retira de campo, deixando o caminho aberto para outra entidade assumir este projeto. Se bem assumida, a casa será uma bênção para todos. Caso contrário, será ocasião de polêmica inútil, que geralmente se torna motivo fácil para fugir dos problemas, de atrapalhar boas iniciativas, e de se eximir de colaborar. A Diocese reitera sua disposição de abraçar esta causa, e de contribuir para o diálogo que se fizer necessário, em vista de situações que precisem ser ponderadas com bom senso e discernimento”.
O vereador Luís Especiato que apoiou a realização de reunião para intermediar um acordo entre Diocese, Prefeitura de Jales e moradores do Residencial São Lucas, disse que uma possível solução para o problema seria a doação de um outro local para a construção da Comunidade Terapêutica. “Não está descartada a troca do terreno que abrigará a sede da Comunidade Terapêutica. Tudo depende de diálogo, de conversarmos. Pode ser que a Prefeitura opte por doar uma nova área à Cáritas e destine o terreno da ‘Figueira Grande’ para a construção de uma área de lazer. Vamos nos reunir e chegarmos em um consenso”.


“Queremos deixar bem claro que não somos contra a construção de um centro de tratamento para recuperação de dependentes químicos. Sabemos o quanto é causa é importante. Temos filhos e sabemos que o problema das drogas pode atingir qualquer família, mas queremos que a construção seja feita em outro local, em uma área rural, mais afastada, talvez”, finalizou o casal morador do São Lucas, Milton e Zilda Barboza.

2 comentários:

Henrique Macetão disse...

Sem duvida nenhuma um assunto que precisa ser combatido nas nossas vidas!Não podemos simplesmente fechar os olhos e fingir que não existe, temos que apoiar as ações concretas contra o uso desta droga,alem de apoiar a instalação de alternativas para tratamento das pessoas que ja estão acometidas por este mal.

Unknown disse...

QUANTO MAIS EU VIVO,EU PRECEBO E TENHO A CERTEZA QUE REALMENTE E A INTOLERANCIA QUE DECRETA TODAS AS GUERRAS...GOSTARIA MUITO DE SABER QUAL A DIFERENCA ENTRE CASA ABRIGO NO SITIO OU NA CIDADE......O PROBLEMA AQUI SE CHAMA FALTA DE ENTENTIMENTO;ONDE QUE UMA CASA DE TRATAMENTO PODE INTERFERIR NA VIDA DAS PESSOAS?SE ESSE FOSSE O PROBLEMA;NAO TERIAMOS TANTAS PRISOES ESPALHADAS PELAS CIDADES DO BRASIL;INCLUSIVE AQUI POR PERTO....ESSA CASA TEM QUE SER CONSTRUIDA O MAIS RAPIDO POSSIVEL;A DROGA ESTA AI NA PORTA DE NOSSAS CASAS E NAO PODEMOS ADMITIR QUE FALTA DE CONHECIMENTO DIFICULTE UMA OBRA TAO IMPORTANTE P NOSSOS JOVENS QUE ESTAO SE DESTRUINDO POR EESA PRAGA...ACORDA GENTE