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terça-feira, 23 de abril de 2013



Defesa de Rosemary pedirá à CGU que investigue nomeações

ANDREZA MATAIS
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
Rosemary Noronha, ex-assessora da Presidência
Rosemary Noronha, ex-assessora da Presidência


A defesa de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, vai solicitar à Controladoria Geral da União que investigue a origem de todas as nomeações políticas no governo.
Rosemary se tornou, em 2012, um dos alvos da investigação deflagrada pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal, sobre um esquema de venda de pareceres e tráfico de influência no governo.



Indiciada por formação de quadrilha, ela foi exonerada do cargo em dezembro. Mesmo assim, o governo abriu uma comissão de sindicância para investigar administrativamente sua conduta.
A defesa tenta demonstrar que toda nomeação depende de um "colchão de apoio político e institucional". "Quem sabe a CGU não vai desencadear novas sindicâncias contra outras autoridades, partindo dos mesmos critérios usados em relação a Rosemary?", diz o advogado Fabio Medina.
Rosemary é responsabilizada pela nomeação de dois diretores de agências reguladoras acusados, com ela, de esquema de corrupção que envolvia a venda de pareceres.
A revista "Veja" desta semana trouxe conteúdo de relatório do governo que embasou a abertura de processo disciplinar. O documento detalha como Rosemary se beneficiava de sua relação de intimidade com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre os detalhes está uma uma viagem a Roma na qual Rose, como ela é conhecida, e seu marido ficaram hospedados na embaixada brasileira, localizada em um palácio na Piazza Navona, famoso ponto turístico da cidade.
Os advogados também irão sugerir que a CGU liste todos os hóspedes em embaixadas brasileiras no exterior para provar que a estada de Rose na casa do embaixador de Roma não caracteriza privilégio.
A defesa de Rosemary no processo administrativo deve ser entregue à CGU até quinta-feira. A CGU informou que não irá divulgar cópia da sindicância contra Rose porque o documento consta de processo em tramitação.

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