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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Operação abafa Rose

Companheirada do PT esta alvoroçada pela possibilidade da dama de companhia de Lula poder da com a língua nos dentes sobre o que realmente acontecia no gabinete de são paulo e nas viagens do lulinha.Assim os companheiros do PT estão blindando a moça de tudo e qualquer maneira para a mesma ficar de bico calado e não dar com a língua nos dentes.
Ate nosso ministro da justiça que no inicio foi elogiado no inicio, esta ajudando nesta tramoia.Infelizmente e algo que vai mais uma vez tirar nosso ex-presidente do PT dos holofotes desta trama, e como no caso do mensalão só vai sobrar pros subalternos.
Quem sabe quando não tiverem mais para onde recorrer os indiciados pela policia na operação porto seguro vão fazer que nem o marcos Valério e denunciar o Chefe da Gangue!
Abaixo transcrevo reportagen da revista ISTO E!

Diante das ameaças da ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Noronha, integrantes do PT montam estratégia para acalmá-la e evitar que suas revelações causem mais transtornos para o partido e para o governo

Josie Jeronimo
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Duas semanas depois de sair do conforto do anonimato que lhe permitia operar nos bastidores do poder, a ex-chefe do gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na Operação Porto Seguro, ainda é um pesadelo para a cúpula petista. Assustada com a possibilidade de ser abandonada por seus antigos padrinhos, Rose vem emitindo recados nada republicanos para integrantes do governo e do PT. Em conversas com interlocutores, Rose ameaçou contar “tudo o que sabe” e arrastar novos personagens para o epicentro do esquema desvendado pela PF. Diante disso, nos últimos dias foi articulada uma verdadeira operação abafa na tentativa de tentar serenar os ânimos da secretária de temperamento explosivo. O objetivo é evitar que o escândalo gere danos maiores sobretudo para autoridades do governo e para o próprio ex-presidente Lula, com quem Rosemary mantinha uma relação antiga.
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SEMPRE ELE
Presidente do Instituto Lula e assessor do ex-presidente, Paulo 
Okamotto esteve no apartamento de Rosemary Noronha na terça-feira 4
Para acalmar a ex-secretária da Presidência em São Paulo, foram escalados personagens de peso da cúpula petista. Entre eles, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e o ex-ministro Luiz Dulci. Até o ex-presidente Lula entrou no circuito e conversou com Rose, conforme antecipou na última semana a colunista Mônica Bérgamo. No Congresso, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) foram destacados para fazer o meio-campo com os parlamentares e impedir no nascedouro a instalação de uma CPI. No campo jurídico, o requisitado advogado Celso Vilardi, parceiro do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos em casos de grande repercussão, assumiu o caso.
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A operação abafa foi montada no Instituto Lula, que se transformou numa espécie de gabinete de crise desde a eclosão do escândalo envolvendo Rosemary com a fraude de pareceres em órgãos públicos. Conforme apurou ISTOÉ, Okamotto foi ao apartamento de Rose, no bairro da Bela Vista, na terça-feira 4. Assim que a encontrou, Okamotto percebeu que a situação era pior do que ele imaginava. A ex-secretária da Presidência parecia transtornada. Com os cabelos desgrenhados e alterando o tom de voz, nem de longe lembrava a Rose vaidosa, flagrada na investigação da Polícia Federal trocando influência política por cirurgias plásticas. Com seu jeito zen, Okamotto disse a Rose que estava falando em nome do ex-presidente Lula e que ela não ficaria desamparada. “Calma, Rose. Segura firme. Não vamos te abandonar”. No mesmo dia, Okamotto também teve que ouvir as lamúrias do marido de Rose, João Vasconcelos, e de sua filha Mirella Nóvoa de Noronha. Eles reclamaram que o escândalo destruiu suas vidas. O diretor do Instituto Lula, o ex-ministro Luiz Dulci, também tentou convencer Rosemary a não explodir. A conversa ocorreu pelo telefone. As investidas aparentemente lograram êxito, ao menos por enquanto. Até o fim da semana, Rosemary havia adiado os planos de jogar gasolina em uma fogueira que o PT tenta apagar pelas beiradas.
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Em outra ponta, o PT também conseguiu anular a influência que o advogado José Luiz Bueno de Aguiar tinha sobre Rose. No início do escândalo, Bueno divulgou nota em nome da ex-chefe de gabinete sobre as 24 viagens que ela fez ao Exterior em companhia do presidente Lula. O PT não gostou da manifestação e interpretou o gesto do advogado como autopromoção. Por isso, articulou rápido a troca do defensor. O nome de Márcio Thomaz Bastos chegou a ser cogitado, mas o ex-ministro da Justiça ponderou junto à cúpula do PT que a associação de seu nome ao de Rosemary poderia atrapalhar mais do que ajudar, pois ele é conhecido como conselheiro de Lula. Assim, a escolha pendeu para Vilardi, que caiu nas graças do partido após livrar o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares de uma pena de dois dígitos no julgamento do mensalão. Delúbio foi condenado a oito anos e 11 meses. Os petistas temiam que o ex-tesoureiro tivesse a maior punição entre os réus do núcleo político.
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Vilardi não adianta detalhes da estratégia de defesa, mas diz que a primeira orientação dada a sua cliente foi o silêncio. “Assumi o caso agora. Ela não saiu do País. Está em São Paulo, vivendo normalmente. Nesse momento, não pode nem pensar em falar nada.” Não falar e aparecer o mínimo possível foram os conselhos do advogado a Rose. Fechada no apartamento do bairro da Bela Vista, onde mora, Rose agora vive longe da vida de mimos e bajulações que tinha à frente do gabinete da Presidência. Com o rosto estampado em jornais, revistas e televisão, a ex-chefe de gabinete já não sai às ruas sem ser incomodada e cumpre uma espécie de prisão domiciliar voluntária desde que as investigações da Polícia Federal a apontaram como operadora de um esquema de corrupção e tráfico de influência. Nem os vizinhos e porteiros do prédio a deixam em paz. Em busca de um semianonimato, ela fechou o apartamento. Desde a quarta-feira 5, sumiu dos olhos dos moradores do bairro da Bela Vista.

Convencido de que, ao menos por ora, conseguiu acalmar os nervos de Rose, o governo passou a se dedicar ao Congresso. A primeira estratégia foi chamar os inimigos para um pacto de cavalheiros e evitar uma CPI. O próprio Lula procurou o alto comando do PSDB e apelou para o bom-senso. Na conversa, segundo parlamentares do PSDB ouvidos pela IstoÉ, o ex-presidente afirmou que a oposição faz seu papel ao questionar as denúncias de corrupção no governo, mas defendeu a importância de manter a Operação Porto Seguro no âmbito das instituições democráticas, evitando ataques à vida pessoal dos envolvidos. Os tucanos concordaram e confessaram a Lula que não se sentiriam confortáveis apelando para detalhes da vida íntima de ninguém. Os oposicionistas avisaram, no entanto, que não pouparão o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, nem qualquer um dos gestores flagrados na investigação.
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Escaldado, o governo mobilizou os parlamentares aliados no Congresso. No Senado, o líder do governo Eduardo Braga (PMDB-AM) comandou a tropa de choque na audiência pública realizada na quarta-feira 5, para ouvir o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, e o ministro Adams. PT e PMDB se uniram para esvaziar a reunião e deixar a oposição falando sozinha. Durante quase quatro horas de sessão, da ala governista apenas os senadores José Pimentel (PT-CE) e Eduardo Braga se dirigiram a Cardozo e Adams. Eles usaram o tempo, porém, para elogiar as instituições brasileiras, que, segundo eles, investigam “doa a quem doer” irregularidades na administração pública. Na mesma quarta-feira 5, Lindbergh Farias (PT-RJ) foi encarregado pela cúpula do PT de articular as bancadas para barrar requerimentos que possam convocar Rosemary a prestar esclarecimentos no Congresso. Na Câmara, a missão de puxar o freio e chamar os deputados da base para a operação abafa foi dada a Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O PT disse a Alves que a atuação no escândalo Rosemary será o teste final de lealdade que o governo precisa para entregar ao PMDB a presidência das duas Casas no próximo ano. Em fevereiro, o deputado peemedebista será o candidato apoiado pelo PT para comandar a Câmara. O PMDB topou a missão de entrar na operação de blindagem a Rosemary, mas avisa que cobrará a fatura na reforma ministerial prevista para o próximo ano.  
Fotos: Pedro Ladeira/Frame; Magdalena Gutierrez/Valor; JosÈ Varella/CB/D.A Press; Adriano Machado/ag. istoé

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